ARRIGO BARNABÉ - UM OUTRO BRASIL NA EUROPA
Com grande apoio da imprensa francesa. Arrigo Barnabé conseguiu lotar recentemente por uma noite, a New Morning mais importante casa de jazz de Paris.
Valeu. O jornal Le Matin qualificou seu som de surrealismo desarticulado´´. A revista especializada parisiense Jazz Hot elegeu Tubarões Voadores um dos dez melhores discos de 1984, colocando o músico de Londrina ao lado de gente consagrada como Miles Davis e o grupo Weather Report.
Com teatralizações, performances e ajudada pela voz de Vânia Bastos, a banda, exibindo uma música rica e estudada, conseguiu superar a barreira da linguagem.
Vestindo a habitual capa escura. com a qual circula pela noite paulistana, Arrigo Bamabé combina com a fria primavera européia. Entre queijos e vinhos, o autor de Clara Crocodilo e Tubarões Voadores fala de seu trabalho - tido pelos europeus como uma mistura de música erudita contemporânea e rock e de sua excursão européia.
- O fato de você Ter vindo para a Europa com tudo pago, a convite da prefeitura de frankfurt, deu mais espaço para você experimentar?
- Claro ! Eles não dependem do retorno.
- Como você acha que os europeus recebem sua música?
- Eles falam as coisas mais esdruxulas. É difícil pra eles entender a sincopa e minha musica tem muita sincopa. aquela coisa rítmica. Eles me perguntam: "Mas este som é brasileiro? Porque, para eles, brasileiro é o que tem a forma, o gênero. Eles entendem o samba, o baião, o choro, o frevo. Agora. se você pega elementos rítmicos do samba e coloca num compasso diferente eles acham que não é brasileiro. E aquela coisa do estereotipo. E isto causa um pouco de dificuldade.
- Dentro da divisão de tendências que se faz na Europa. Seu publico é mais de jazz ou de rock?
- Eu não sei. Tenho a impressão de que o público de rock tem entusiasmo maior e o de jazz uma amplitude de visão maior. Mas o cara que curte o jazz vai abrindo ate um certo ponto e pára mesmo. Como os caras que acham que o Miles Davis não faz mais jazz. O público de rock quando abre, abre mesmo. Eu acho que quem pode me curtir mais é o pessoal ligado em jazz. mas o público de rock é uma gente interessante.
- Você aqui circula no anonimato. No Brasil a fama te incomoda?
- Incomoda. Se eu estou tocando piano, o vizinho de baixo já sabe quem é. Aí eu tenho que tocar legal. não posso incomodar o cara.
- O que você leva daqui para o Brasil?
- Se Deus quiser. um computador.
- E um novo caminho?
- Vai ser um instrumento para facilitar a composição. Com ele eu corto, apago, reescrevo, ganho tempo.
Com grande apoio da imprensa francesa. Arrigo Barnabé conseguiu lotar recentemente por uma noite, a New Morning mais importante casa de jazz de Paris.
Valeu. O jornal Le Matin qualificou seu som de surrealismo desarticulado´´. A revista especializada parisiense Jazz Hot elegeu Tubarões Voadores um dos dez melhores discos de 1984, colocando o músico de Londrina ao lado de gente consagrada como Miles Davis e o grupo Weather Report.
Com teatralizações, performances e ajudada pela voz de Vânia Bastos, a banda, exibindo uma música rica e estudada, conseguiu superar a barreira da linguagem.
Vestindo a habitual capa escura. com a qual circula pela noite paulistana, Arrigo Bamabé combina com a fria primavera européia. Entre queijos e vinhos, o autor de Clara Crocodilo e Tubarões Voadores fala de seu trabalho - tido pelos europeus como uma mistura de música erudita contemporânea e rock e de sua excursão européia.
- O fato de você Ter vindo para a Europa com tudo pago, a convite da prefeitura de frankfurt, deu mais espaço para você experimentar?
- Claro ! Eles não dependem do retorno.
- Como você acha que os europeus recebem sua música?
- Eles falam as coisas mais esdruxulas. É difícil pra eles entender a sincopa e minha musica tem muita sincopa. aquela coisa rítmica. Eles me perguntam: "Mas este som é brasileiro? Porque, para eles, brasileiro é o que tem a forma, o gênero. Eles entendem o samba, o baião, o choro, o frevo. Agora. se você pega elementos rítmicos do samba e coloca num compasso diferente eles acham que não é brasileiro. E aquela coisa do estereotipo. E isto causa um pouco de dificuldade.
- Dentro da divisão de tendências que se faz na Europa. Seu publico é mais de jazz ou de rock?
- Eu não sei. Tenho a impressão de que o público de rock tem entusiasmo maior e o de jazz uma amplitude de visão maior. Mas o cara que curte o jazz vai abrindo ate um certo ponto e pára mesmo. Como os caras que acham que o Miles Davis não faz mais jazz. O público de rock quando abre, abre mesmo. Eu acho que quem pode me curtir mais é o pessoal ligado em jazz. mas o público de rock é uma gente interessante.
- Você aqui circula no anonimato. No Brasil a fama te incomoda?
- Incomoda. Se eu estou tocando piano, o vizinho de baixo já sabe quem é. Aí eu tenho que tocar legal. não posso incomodar o cara.
- O que você leva daqui para o Brasil?
- Se Deus quiser. um computador.
- E um novo caminho?
- Vai ser um instrumento para facilitar a composição. Com ele eu corto, apago, reescrevo, ganho tempo.
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