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sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Bizz número 2 - Lançamentos I

 
LANÇAMENTOS
 
NÓS VAMOS INVADIR SUA PRAIA - Ultraje a Rigor (WEA)
    Já invadiram. A essa altura do campeonato, o primeiro longo do Ultraje é mais que um merecido best seller. Explica-se: amadurecendo seu repertório em uma peregrinação de shows e dois compactos, o grupo estréia como se estivesse lançando os seus "greatest hits".
    Tem gente que vê certo parentesco entre as molecagens de Roger e uma tradição paulistana que vai de Adoniran Barbosa ao Premê e Língua de Trapo. Além disso, eles estão mais para um universalíssimo triângulo amoroso entre Chuck Berry mais Jararaca e Ratinho. Ou seja, você dança e racha o bico - e quando a piada estiver gasta, continua dançando. É só conferir a proibida "Marylou" - segundo Roger, uma canção "didática - infantil, que ensina de onde vêm o leite e os ovos".
    Só uma coisinha: de que música do Police foi chupada a introdução de "Ciúme"? Ou será uma homenagem aos adeptos tupi do "reggae branco"? Cartas para a Redação.
 
YOU´RE UNDER ARREST - Miles Davis (CBS)
    Membro ativíssimo de três revoluções no jazz - a saber, o cool, o be-bop e a fusion roqueira -, Miles dá agora seqüência à sua empreitada funk. E se The Man with the Horn (81) e Star People (82) já garantiam alguns enfartes para puristas e tradicionalistas, este novo trabalho aproxima-se ainda mais do pop. Para começar, uma versão do hit de Cyndi Lauper, "Time After Time" - belíssima para tímpanos sem preconceito. Um estraçalho geral, dançante, mas sempre inventivo e com o superbaixo de Darryl Jones. O sr. Sting comparece com uma "voz de policial francês" na faixa-título.

    Fascinatin’ Rampal - Jean Pierre Rampal (CBS)
    Músico de sólida formação erudita, Rampal é também conhecido por seus passeios na música popular. Neste território consegue brilhar, como o fez na série de melodias japonesas para flauta e harpa, gravada por ele e Lily Laskine e incompreensivelmente não lançada aqui. O mesmo não se pode dizer da audição deste LP, onde ele interpreta transcrições de Michel Colombier para músicas de George Gershwin. Não que se questione seu domínio do instrumento. O que soa estranho é a transcrição para flauta de canções cuja concepção original acaba soando desvirtuada neste instrumento.
    J.E.M.

    WAR - U2 (WEA)
    Editado lá fora em 82, War é o terceiro e o mais militante LP desses bombásticos irlandeses. Uma surpresa para quem só conhece o U2 produzido por Brian Eno em The Unforgettable Fire: aqui, como nos outros discos produzidos por Steve Lillywhite, a potência da banda sobe à tona muito mais crua e básica. No mais, este é também o LP que carrega os dois principais hinos deles - "Sunday Bloody Sunday" e "New Year´s Day". Só que essas gravações ficam meio apagadas depois de suas versões ao vivo registradas com inesquecíveis faíscas no vídeo e no LP Under a Blood Red Sky (que a WEA deve lançar aqui também). Talvez seja no palco que o U2 encontre mesmo sua razão de ser - quem viu o Live Aid, sabe do que eu estou falando. No mais, o sr. Eno transformou água em vinho francês.

    BATALHÕES DE ESTRANHOS -Camisa de Vênus (RGE)
    Já no segundo LP, este peculiar - para dizer o mínimo - grupo quase punk da Bahia continua perseguindo sua marca registrada. Em momentos como "Eu Não Matei Joana D´Arc" (um hit nas FMs!) eles conseguem e, de modo geral, todas as canções e letras trazem o potencial de uma paulada simultânea na testa e no baixo ventre. O problema continua o mesmo do primeiro disco: uma produção tímida, com guitarras mixadas baixo, sem fio ou corte. Alô, produtores, vamos liberar a distorção e a microfonia!

    BACH - CONCERTO ITALIANO, CONCERTOS PARA PIANO, INVENÇOES, VARIAÇÕES GOLDBERG - Glenn Gould (CBS)
    Sua escolha dos andamentos era, em geral, desconcertante; suas gradações dinâmicas, não raro, agressivamente anticonvencionais; e ele tinha o hábito desagradável de cantarolar enquanto tocava. Mas poucos pianistas conseguiram, como Glenn Gould (1932/1984), unir a uma inteligência de execução, que torna claras as mais complexas tramas polifônicas, tão ilimitada capacidade de transfiguração poética. Bach foi o compositor a quem mais se dedicou esse artista, de um perfeccionismo que o levou a trocar a sala de concertos pelo estúdio de gravação. E de Bach são as obras nestes quatro discos.
    L.M.C.

    RATTLESNAKES - Lloyd Cole & The Commotions (Polygram)
    Um escocês obcecado pelos míticos United States da América do Norte, Lloyd Cole escreve versos como "arrume um novo alfaiate, comece a ler Norman Mailer". Seu vocal tem a mesma familiaridade com o de Lou Reed que, digamos, o vocal de Mark Knopfler  com o de Dylan. E, no som, guitarras e violões tecem a tapeçaria junto a violinos e órgâo - ou seja, mais referência ao psicodelismo americano pré-66. Aqui em São Paulo, a faixa-título já é, há um bom tempo, hit de certas pistas de dança. Lá fora, os hits foram "Perfect Skin" e "Forest Fire" (linda). Ao todo, uma trilha sonora perfeita para relaxar, meditar e/ou namorar no sofá.
 
 

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Bizz número 1 - Toque / Letras

 
TEARS FOR FEARS

    Everybody Wants to Rule the World

    Welcome to your life, there´s no turning back
    Even while we sleep
    We will find you writing off your best behaviour
    Turn your back on mother nature
    Everybody wants to rule the world
    Its my own design, its my only loss
    Help me to decide
    Help me make the most of freedom and of pleasure
    Nothing ever lasts forever
    Everybody wants to rule the world
    There´s a room where the lads won´t find you
    Pulling hairs while the walls come tumbling down
    When they do, I´ll be right behind you
    So glad we almost made it
    So sad they had to fade it
    Everybody wants to rule the world
    I cant stand this indecision
    Married with the lack of vision
    Everybody wants to rule the world
    Say that you never never did it
    One head might quite believe it
    Everybody wants to rule the world
    And for freedom and the pleasure
    Nothing ever lasts forever
    Everybody wants to rule the world



    Toda pessoa quer governar o mundo

    Bem-vindo à sua vida, não há como voltar atrás
    Mesmo quando estamos dormindo
    Nós encontraremos você rechaçando seu melhor comportamento
    Vire as costas para a mãe natureza
    Toda pessoa quer governar o mundo

    É meu próprio projeto, é minha única perda
    Ajude-me a decidir
    Ajude-me a aproveitar o máximo da liberdade e do prazer
    Nada dura para sempre
    Toda pessoa quer governar o mundo

    Há um quarto onde o pessoal não vai achar você
    Arrancando os cabelos enquanto as paredes tombam em pedaços
    Quando isto acontecer, estarei logo atrás de você
    Tão contente por termos quase conseguido
    Tão triste por eles terem destruído
    Toda pessoa quer governar o mundo

    Não posso suportar essa indecisão
    Aliada à falta de visão
    Toda pessoa quer governar o mundo

    Diga que você nunca, nunca fez isto
    É possível que alguém acredite
    Toda pessoa quer governar o mundo

    E pela liberdade e pelo prazer
    Nada dura para sempre
    Toda pessoa quer governar o mundo

U2

    Pride (In the name of love)
    One man come in the name of love
    One man come and go
    One man come he to justify
    One man come to overthrow

    Refrão
    In the name of love
    What more in the name of love?
    ln the name of love
    What more in the name of love?

    One man caught on a barbed wire fence
    One man he resist
    One man washed up on an empty beach
    One man betrayed with a kiss

    Refrão
    Early morning, april 4th
    A shot rings out in the Memphis sky
    Free at last, they took his life
    They could not take his pride

    Refrão

    Orgulho (Em nome do amor)
    Um homem vem em nome do amor
    Um homem vem e parte
    Um homem vem para reabilitar
    Um homem vem para derrubar

    Em nome do amor
    O que mais em nome do amor?
    Em nome do amor
    O que mais em nome do amor?

    Um homem preso em urna cerca de arame farpado
    Um homem que resiste
    Um homem trazido pela maré até uma praia deserta
    Um homem traído com um beijo

    De manhã cedo, 4 de abril
    Um tiro ressoa no céu de Memphis*
    Livre enfim, tiraram sua vida
    Não conseguiam aceitar seu orgulho

    *Referência ao assassinato de Martin Luther Kinq

 

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Bizz número zero - Toque/Letras

WE ARE THE WORLD

    We Are The World
    There comes a time we heed a certain call
    When the world must come together as one
    There are people dying
    And its time to lend a hand to
    The greatest gift of ali
    We cant go on pretending day by day
    That someone, somewhere, will soon make a change
    We are a part of Gods great big famiiy
    And the truth, you know,
    Love is all we need
    Refrão
    We are the world, we are the children
    We are the who make a brighter
    So lets start giving
    Theres a chice were making
    Were saving our own lives
    Its true well make a better day
    Just you and me
    Send them your heart so theyll know that someone gares
    And their lives will be stronger and free
    As has shown us by turning stones to bread
    So we all must lend a helping
    Refrão
    When youre down and out there seems no hope at all
    But if you just believe theres no way we can fall
    Let us realize that a change can only come
    When we stand together as one

    *Repetir duas vezes o refrão. Na terceira, repetir 1/2 tom acima:

TRADUÇÃO
    Nós somos o mundo
    Chega um momento em que atendemos a certo chamado
    Quando o mundo precisa unir-se como um todo
    Há pessoas morrendo
    E chegou a hora de dar uma mão à vida
    A major de todas as dádivas

    Não podemos continuar fingindo, dia após dia
    Que alguém, em algum lugar, fará logo uma mudança
    Somos parte da grande família de Deus
    E a verdade, você sabe,
    E que o amor é tudo de que precisamos

    Nós somos o mundo, nós somos as crianças
    Nós somos aqueles que fazem um dia mais clara
    Por isso vamos começar a dar

    É uma opção que estamos fazendo
    Estamos salvando nossas próprias vidas
    É verdade que faremos um dia melhor
    Apenas eu e você

    Envie a eles seu coração
    Para que saibam que alguém se importa
    E suas vidas serão mais fartes e livres
    Como Deus nos mostrou transformando pedras em pão
    Assim devemos todos dar uma mão

    Quando você está por baixo parece não haver esperança
    Mas se você apenas acreditar não há maneira de cairmos
    Precisamos compreender que uma mudança só pode vir
    Quando nos unirmos como um todo


U2

    U2
    Pride (In the name of love)

    One man come in the name of love
    One man come and go
    One man come he to justify
    One man come to overthrow
   
    Refrão
    In the name of love
    What more in the name of love?
    In the name of love
    What more in the name of love?

    One man caught on a barbed wire fence
    One man he resist
    One man washed up on an empty beach
    One man betrayed with a kiss

    Refrão
    Early morning, april 4th
    A shot rings out in the Memphis sky
    Free at last, they took his life
    They could not take his pride

    Refrão

    Orgulho (Em nome do amor)
    Um homem vem em nome do amor
    Um homem vem e parte
    Um homem vem para reabilitar
    Um homem vem para derrubar

    Em nome do amor
    O que mais em nome do amor?
    Em nome do amor
    O que mais em nome do amor?
   
    Um homem preso em uma cerca de arame farpado
    Um homem trazido pela maré até uma praia deserta
    Um homem traído com um beijo
   
    De manhã cedo, 4 de abril
    Um tiro ressoa no céu de Memphis*
    Livre enfim, tiraram sua vida
    Não conseguiam aceitar seu orgulho

    *Referência ao assassinato de Martin Luther King.

    Phil Collins
    One more night
    One more night, one more night
    Ive been trying oh so long to let you know
    Let you know how I feel
    If I stumble or if fall just help me back
    So I can make you see

    Refrão

    Please give me one more night, give
    [me one more night
    One more night because I cant wait forever
    Give me just one more night, one more night
    Oh one more night, because I cant
    [wait forever

    Ive been sitting here so long
    Wasting time just staring at the phone
    And I was wondering should I call you
    Then I thought maybe youre not alone

    Refrão

    Give me one more night, give me just
    [one more night
    Just one more night because I cant wait
    [forever
   
    Like a river to the sea, I will always
    [be with you
    And if you should sail away, I will follow you

    Give me one more night, give me just one
    [more night because I cant wait forever

    I know therell never ve a time youll
    [ever feel the same
    And I know its only words
    But if you change your mind, you know
    [that Ill be here
    And maybe we both can learn

    Refrão

    Mais uma noite
    Mais uma noite, mais uma noite
    Ando tentando há tanto tempo fazer
    [você saber
    Fazer você saber como me sinto
    Se eu tropeçar ou se eu cair, apenas
    [me ajude a voltar a ficar de pé
    Para eu poder fazer você entender

    Por favor, me dê mais uma noite,
    [mais uma noite
    Mais uma noite, pois não posso
    [esperar para sempre
    Me dê só mais uma noite, mais uma
    [noite
    Mais uma noite, pois não posso
    [esperar para sempre

    Estou sentado aqui há tanto tempo
    Perdendo tempo só com as olhos
    [fixos no telefone
    E estava imaginando se deveria ligar
    [para você
    Aí pensei que talvez você não esteja só

    Me dê mais uma noite, me dê só mais
    [uma noite
    Só mais uma noite pois não posso
    [esperar para sempre

    Como um rio para a mar, estarei
    [sempre com você
    E se você navegar para longe, eu
    [seguirei você

    Me dê mais uma noite, me dê só mais
    [uma noite
    Mais uma noite pois não posso
    [esperar para sempre

    Sei que nunca haverá um momento
    [em que você sinta o mesmo
    E sei que são só palavras
    Mas se você mudar de idéia, você
    [sabe que estarei aqui
    E talvez possamos os dois aprender

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Bizz número zero - Lançamentos

DISCOS

    BRONSKI BEAT - The Age of Consent (Mercury Polygram)
    Apesar de toda a adulação que cerca a ressurreição do "som acústico", o tecnopop não morreu. Como se não bastasse o estrondoso Frankie Goes to Hollywood, esse trio inglês canta o amor gay movido a seqüenciadores e outras máquinas. Os hits Why? e Smulltown Boy somam-se aqui a versões tanto dos irmãos Gershwin (It Aint Necessarily Se) a Giorgio Moroder e Donna Summer (I Feel Love. Pena que o Bronski Beat já tenha acabado, há menos de um mês, com a saída do agudíssimo vocal de Jimi Sommerville (segundo consta, o garoto não suportou as "pressões do estrelato").
    Menos voltada para as pistas de dança, e preocupada com novas texturas que equilibrem as dosagens elétrica, eletrônica e acústica, a dupla inglesa TEARS FOR FEARS chega ao segundo LP. O alívio dos fãs conquistados na estréia é facilmente e tiveram de esperar dois anos.
    O título, Songs From the Big Chair (original do selo Mercury, lançado pela Polygram, revela que Curt Smith (baixo, vocal) e Roland Orzabal (guitarras, teclados, vocal) continuam fuçando as mil vertentes disponíveis de psicoterapia. Trata-se de uma referência à poltrona onde a famosa esquizofrênica Sybill um caso clínico que virou best seller - extravasava suas fobias e angústias. citações à parte, o disco conta com melodias pop tão sedutoras que fundem caçadores de vanguardas perdidas e consumidores de radinho de pilha num só público contagiado.
    Uma especiaria em vinil: os hits que puxaram, na Inglaterra, o 12 até o topo das paradas - Shout e The Working Hour - valem apenas como amostra de um som que persegue todas as direções possíveis.

    STYLE COUNCIL - Shout to the Top (Polygram)
    Os maxicompactos, com versões esticadas segundo a refinada arte da mixagem, são uma das saudáveis práticas do mercado fonográfico inglês. Aqui, eles não têm merecido a devida atenção das gravadoras. Ainda assim, você pode argumentar que esse funkaço regado violinos já tomou de assalto as FMs. Nesse caso, fique com as duas baladas que vêm do outro lado.
    Indicado especialmente para os apaixonados pelo LP Café Bleu do multiestilístico Coulncil de Paul Weller e Mick Talbot.
   
    
   Dune - Trilha sonora
   Infelizmente, Sting não participa. Mas a trilha sonora de Dune (Polygram) conta com uma peça de BRIAN ENO e DANIEL LANOIS, célebres magos de estúdio e produtores do LP do U2. Essa pérola, no entanto é cercada da mais insossa mediocridade - leia-se o grupo TOTO - por todos os lados, Para os fãs de Eno que não tem modo, (vexame! vergonha!) em catálogo no Brasil, e, claro para os lãs em potencial do filme (que devem, antes de qualquer coisa ler o artigo da pág. 44}.

    FOREIGNER - Agent Provocateur
   Um momento inspirado cercado de mesmice por todas as fronteiras é também o novo LP do FOREIGNER, Agent Provocateur,(Atlantic/WEA). Com semanas a fio no topadas paradas americana e britanical Wont te Know What Love Is recupera os coros de gospel, a música negra religiosa, com alto teor de sangue, suor e lágrimas - isso com urna especialíssima participação do New Jersey Mass Choir. Agora, o resto do disco...

    Castle Donnington - Monster of Rock
    Nem sombra de dúvida, o pacote Heavy do mês é encabeçado por Castle Donnington - Monsters of Rock (Polygram). Em 16 de agosto de 1960, esse festival inglês reunia heavies de três gerações para um verdadeiro banquete de pauleira. O lendário RAINBOW de Ritchie Blackmore e os SCORPIONS comparecem com duas faixas cada, enquanto SAXON APRIL WINE, TOUCH e RIOT (não confundir com o Quiet) engrossam o caldo com uma por cabeça.

    THE FIRM
    THE FIRM, como você deveria saber, é a nova empreitada de dois monstros sagrados do rock inglês, o vocalista Paul Rodgers {ex-Free e Bad Company e o guitarrista Jimmy Page (precisa dizer de quem?). Um pulinho até a pág. 42 e você tem nas mãos nossa cobertura exclusiva do show do Firmem Nova York.
    Lançamento da WEA, através do selo Atlantic, esse primeiro LP do quarteto não recebeu uma acolhido das mais favoráveis lá fora. Seja como for, qualquer obra com o nome de Page merece ser conferida.
    Fechando o pacote, mais um grupo escavando a trilha da pauleira-purpurina (cortesia Alice Cooper}i habitada hoje por figuras simpáticas como Twisted Sister e Motley Crüe.

    RATT - Out of the Cellar 
    Caso você nunca tenha ouvido falar do RATT, que tem seu segundo LP (Out of the Cellar) lançado aqui, essa estréia em ordem invertida (Atlantic/WEA) é um bom começo. No recheio, uma versão do clássico rhythm n blues Walkin the Dog, de Rufus Thomas, que os Stones gravaram e Laurie Anderson parodiou em ritmo de samba.

   Metrô - Olhar
   Em plagas brasileiras, a época é de brava entressafra. Sabe-se apenas que vêm coisas finas a caminho - como os LPs de estréia do RPM e do Ira! Enquanto isso, apenas dois lançamentos. O grupo franco-paulista METRO - Virginie (vocal), Alec (guitarra, violão, Zaviê (baixo), Yann (teclados) e Danny (bateria) - chega agora em formato LP. Olhar (Epic/CBS) é o nome dele e já conta com três hits no currículo: Tudo Pode Mudar, Sândalo de Dôndi e Beot Acelerado, este em nova versão à moda inglesa, isto é, em arranjo bossa-nova, Nada mal para uma banda que já se chamou A Gota Suspensa.

    Vários - Aumenta que isso aí é rock'n roll
    Uma boa opção é a coletânea Aumenta Que Isso Aí É RocknRoll (Sigla/Som Livre), com certeza a mais abrangente das 1001 já lançadas nos últimos dois anos. Comparecem, entre outros. LOBÃO (Corações Psicodélicos), CELSO BLUES BOY (faixa. título), LEGIAO URBANA (Geração Coca-Cola), BLITZ (Meu Amor Que Mau Humor), PARALAMAS (Patrulhe Noturna) e LULU SANTOS (O Calhambeque). Ou seja, chuchu e camarão no mesmo caldeirão.

    
    Bob Dylan - Real live
    O menestrel está de volta. E, eu quanto não chega aqui o novo LP Empire Burlesque, os fãs de BOE DYLAN têm neste Real Liste (CBS um prato cheio, Gravado nos três últimos concertos da turnê européia realizada por Dylan no ano passado. o disco percorre mais de vinte anos de carreira. A surpresa ía pique de rocknroll sem firulas que reveste clássicos como Highway 61 Revisited e Ballad of a Thin Man. Na superbanda de apoio, as guitarras de Carlos Santana e Mick Taylor (Rolling Stones).

    THE CURE - Concert  
   Também ao vivo, chega enfim ao Brasil o grupo inglês THE CURE. Gravado na última excursão deles pela Grã-Bretanha, Concert (Polygram) é nada menos que o oitavo LP da banda liderada pelo guitarrista/vocalista/letrista Robert Smith (que já integrou esporadicamente os Banshees de Siouxsie).
    Ainda que não esteja descontado o atraso, Concert leva o mérito de resumir toda a trajetória da inquieta cabeça de Smith - um percurso que vai do mais curto e grosso popfunk ao florido neopsicodelismo de seu último LP de estúdio, The Top. Para dançar até lascar o assoalho, escolha Killing an Arab, primeiro compacto da banda, inspirado em O Estrangeiro de Albert Camus: "Estou vivo! Estou morto! Sou um estranho! Matando um árabe".

    U2 - Unforgettable Fire
   De um lado, os irlandeses U2 com The Unforgettable Fire (original do selo Island, lançado pela WEA}. Do outro, os escoceses BIG COUNTRY com seu segundo LP, Steeltown (Mercury/Polygram). Na intersecção, guitarras e vocais inflamados, unidos em hinos rasgados ao inconformismo. Não é à toa que ambos os discos acabaram entre os dez primeiros na votação "Melhores de 84".

    FRANKIE GOES TO HOLLYWOOD - Welcome to the Pleasure Dome (original do selo ZTT, lançamento nacional WEA).
    Uma superprodução de Trevor Horn (ABC, Yes) torna irresistível o álbum duplo de estréia da banda, Fora esse banho de sintetizador Fairlight e percussão eletrônica, valem mesmo as faixas que fizeram a festa dos bailarinos europeus em 64 - Fiel ex e Two Tribes - e a climática faixa-título, que culmina com um belíssimo solo de violão do ex-Yes Steve Howe. Surpresa agradável: a luxuosa capa saiu idêntica à do original inglês. Os cinco Frankies são Hally Johnson (vocal), Paul Rutherford (vocal), Marc OToole (baixo), Peter Gill (bateria) e Brian Nash (guitarra).

    PRINCE & THE REVOLUTION Around The World in a Day (Warner/WEA)
    Um caso sério de expectativas levantadas e, por incrível que pareça, correspondidas. Prince cercou todas as etapas da gravação do maior sigilo: nem os executivos da gravadora podiam chegar perto do estúdio.
    Mas, agora à luz do dia, Around The World in a Day traz megalomania pop suficiente para arrebatar os ouvidos mais cínicos. Desde a deslumbrante capa. o cantor/multiinstrumentista mergulha de cabeça na estética psicodélica dos anos 60, Uma deixa dessas e pronto.., é o suficiente para rotularem o disco de Sgt. Peppers dos anos 80.
    Tudo bem, as etéreas citaras que povoam a abertura estão mais para a fixação de George Harrison em rugas indianas do que a sombria ressurreição de Jim Morrison encenada por neopsicodélicos ingleses como o Echo & The Burnymen. Ainda assim, sobra espaço para Prince não perder os quadris de vista. Dá para dançar, como manda o figurino de um herdeiro de James Brown. Talvez os arranjos para percussão sejam, inclusive, a fatia mais gorda de Around The World In a Day.
    Já nas letras, Prince continua o mesmo, obcecado por sexo e Deus. Um erotismo místico que fornece matéria-prima para versos como, na faixa The Ladder: "O amor da criação de Deus tirará a roupa de vocês! E o tempo passado a sós, meu amigo, deixará de existir.

LANÇAMENTOS
Os bem cotados

    Primeiro, um surto de bossa nova contagia os novos popjazzistas da ilha britânica. Na seqüência, despontam evidências de que a música brasileira em geral anda em alta lá fora. Vamos às provas...

    Lembra daquela clássica pergunta "Se você fosse para uma ilha deserta, que discos levaria?" Pois bem. Todo mês, a revista americana Star Hits pega no pé de alguma estrela até ela aparecer com uma listinha de suas dez canções favoritas. Na edição de fevereiro. o eleito é Tom Bailey, o terço ruivo dos Thompson Twins. E em segundo lugar nas suas dez, Cravo e Canela de Milton Nascimento. Diz ele: "Podia ser esta ou qualquer outra canção de Milton. Ela tem a melhor voz do mundo".
    Voltando um pouco no tempo, a edição de novembro da Face - a bíblia dos ingleses estilosos - inclui Toda Menina Baiana de Gilberto Gil em sua seleção de compactos. O toque é o seguinte: "Um samba suave e relaxado em português: a pedida atual em latinas noites dançantes".
    Tem mais. A inglesa Coe... Two.. Testing (esta feita por e para músicos) de abril traz uma longa entrevista com Simon Booth, líder da Working Week, banda que encabeça o atual pop com base de jazz. Até começar a trabalhar no balcão de uma loja de discos, Simon era um punk convicto. Aí se deu a metamorfose: "O primeiro disco a tocar fundo foi o LP Getz A Go-Go, de Stan Getz com Astrud Gilberto e Gary Burton. Era um dos discos mais evoca: vos que eu tá tinha ouvido e. acima de tudo, tinha canções fantásticas. A vi o nome de Antonio Carlos Jobim e saí caçando os discos dele . Estava espantado com aquelas melodias estranhas e etéreas. sobre aqueles acordes esquisitos.
    Para finalizar, o quente nos EUA é Djavan. Em pesquisa recente da cadeia de lojas de discos Tower Records. o alagoano vem em 23.0 entre os mais vendidos Como se não bastasse, tanto Sting como Paul Simon estão para gravar composições do rapaz que, aproveitando a onda, embarca em excursão pelos Estados Unidos e Japão. Definitivamente preenchida a cota de ufanismo do mês.