terça-feira, 31 de agosto de 2010

Bizz número zero - Ao vivo (The Firm)

THE FIRM

    Madison Square Garden, N. Y,, 29/4/1985. Platéia lotada. Muitas pessoas vestem camisetas desbotadas com os dizeres "Led Zeppelin 1980 Foi o último ano em que a legendária banda se apresentou.
    Cinco anos de espera para ver a reaparição do guitarrista Jimmy Page. Colocado, no palco, ao lado de outro monstro sagrado, o vocalista Paul Rodgers, ex-Bad Company e ex-Free. Essa é a linha de frente do The Firm, que tem ainda no baixo  Tony Franklin e na bateria Chris Slade (da Earth Band de Manfred Mann, do Uriah Heep e acompanhante de David Gilmour, ex-Pink Floyd, em suas excursões solo).
    A história da formação da banda já tem dois anos. Em 1983. Page e Rodgers apresentaram-se juntos nu- O ma série de concertos beneficentes que levantavam recursos para Ronnie Lane, ex-Faces, e outros portadores de esclerose múltipla.
    Voltando ao show Page e Rodgers ensaiaram apenas quatro semanas. Levantaram a maior expectativa Mas muita gente saiu frustrada. Como no disco, o show pouco teve a ver com o brilho, a espontaneidade e a garra do Led. Page ainda é capaz de momentos de mágica, como em Someone to Love ou Together, onde os solos soam como um poderoso eco do tempo em que ele era aquela figura toda.
    The Firm parece ter até um problema de repertório. Um problema que teria levado a banda a incluir no LP e no show a veneranda Youve Lost that Lovin Feelin, dos Righteous .1 Brothers. E, o que é curioso os nostálgicos do Led Zeppelin, que ouviram os discos gravados pela banda entre 1968 e 1979, fizeram um contraste com o público mais jovem parte do qual só tinha de Page referências históricas. Os mais velhos esperavam mais. Saíram meio down. Os mais novos eram mais entusiasmados. Com os solos de Page, com o     vozeirão de Rodgers ou com o solo de Tony Franklin em Midnight Moonlight, onde aparece clara a influência de Jaco Pastorius, ex-baixista do Weather Report.
    Esta renovação de público é um bom sinal. Músicos como Page e Rodgers andam fazendo falta. Para conquistar o público novo, só é necessário que The Firm passe de uma fase aparente de esquentamento para brilhar além da mera competência técnica.

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